sexta-feira, 22 de janeiro de 2016

Somewhere in the end we're all insane.

   Tão poéticos os trechos da madrugada, tão singelas as reflexões da noite. A paz me consome de maneira melancólica, trazendo consigo a tranquilidade do vazio. Não o vazio saudoso, mas o vazio amável. É o desejo de não se pensar em nada mais relevante que as letras da canção, e apenas importar-se com uma voz aveludada desconhecida. Acompanho cada batida da música que, de forma tão clichê, combina com as batidas do coração. O único desafio, ate então, é a busca pelo sono. Mas parece que escrever algumas palavras soltas, ao contrário de dormir, aliviam minha inexplicável ansiedade, minha eterna sensação de estar faltando algo, ou de alguma coisa estar prestes a acontecer. Talvez ambas as coisas. Posso muito bem estar subindo em um palco pronto para ser apresentado a milhões de indivíduos que esperam pelo show: de horrores? De amores? Talvez eu possa estar esquecendo algo, ou alguém, negligenciando a importância de cada pequena parte que compõem o que chamam de estória. Minhas estórias. Minhas aventuras arquitetadas, mas nem sempre executadas. Minhas paixões platônicas, minhas desilusões. Um medo estranho me faz achar que tudo pode dar errado, que as variáveis podem não estar ao meu favor, que vangloriar-se pode contribuir para um fracasso futuro, e a angústia, então, seria inevitável. Enfim, basta, a noite está tão linda...