segunda-feira, 21 de março de 2011

XXXXXXX?

  Onde está o sentido de ainda estar viva?Onde estão as coisas da quais eu me apoiava?Onde estão as coisas da quais eu amava?Como repor o tempo perdido se já não há mais essa noção?Durmo sem saber que horas são,acordo sem saber em que dia estou e ando sem saber aonde vou.Mas onde está a lógica?E o que é tudo isso que vem em mente?Que zumbido é esse que tanto ecoa em meus sonhos?Dias que nunca acabam,tempo que nunca passa,mundo que não gira e essa angústia que me mata.Mas onde está a lógica?
  O silêncio profundo me nocauteia a cada eternos segundos de um período onde minha essência se dissipa em solidão e culpas que não me deixam nunca.Não,não existe lógica em tudo isso.Não há um raciocínio concreto e morreremos sem saber do que eu estou falando.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Repetição da mesma idéia continua.

  Um barco de ilusões carrega sonhos perdidos e esquecidos por pessoas que desistiram de acreditar no impossível,de acreditar no que não existe,seguindo apenas o real.A chuva forte de verão joga tudo de mágico contido nesses sonhos ao relento do mar,afogados em mágoas deixadas de lado e substituídas por desculpas esfarrapadas.A equipe de resgate não existe pois não haveria tarefa alguma.As ondas já levariam todos os sonhos.Mas os pesadelos não estariam lá.Eles são guardados e nunca são jogados nesse barco.Os pesadelos fazem parte da realidade.
  A minha filosofia de vida barata e glichê não para de vir à minha mente e me atormenta dia e noite.A vontade de ouvir Raul seixas  e refletir sobre sua metamorfose ambulante é inevitável.O burburinho insuportável  de pensamentos não silencia nunca.Mas quando a surdez repentina e o desgrudamento do mundo me atingem,o sentimento de nada me envolve.Imagens sem sentidos me rodeiam.Pessoas,paisagens,animais,cenas em movimento e sentimentos que me abraçam e me prendem ao surreal.Não há um ponto seguro,um ponto em branco.O lugar não possui portas ou janelas,quanto mais alguém que pudesse ouvir meus pedidos de socorro.Recomeçar seria interessante.Jogar o que não importava no barco e mandá-los a tempestade do oceano.Construir uma parte em branco,virar a página,comprar um novo caderno estampado para reescrever a historia.Inventar coisas do meu agrado e acreditar que seriam elas que me abraçariam na próxima vez que a força me puxasse para o lugar esquisito.E se eu esquece de algum detalhe importante?De alguém especial?O que realmente importava seria jogado junto ao lixo do barco e eu viveria em um vazio repleto de invenções.Viveria num lugar cheio de imagens e coisas que não eram minhas,que não eram de ninguém,que não existiam.
   E onde eu quero chegar com isso?