terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Idéias irrelevantes sobre a vida.

O som dos trovões estrondosos de uma intensa tempestade talvez seja,no sentido figurado,apenas um meio encontrado pelas nuvens ali amontoadas de demonstrarem uma possível revolta,enquanto se desmancham em lágrimas.Tal revolta se deve ao futuro incerto das gotas que formam a chuva,pois,se por um lado seu futuro possa ser formar um lago,um rio ou a honra de fazer parte de oceanos,por outro lado,seu futuro possa ser o de arrastar todo o lixo das ruas e acabar tendo suas águas limpas poluídas e jogadas em um bueiro,que possivelmente se ligue a um esgoto.Mas tudo isso só é possível dependendo dos ventos.Eles são os maiores responsáveis pela escolha do destino da chuva.O vento torna-se o influenciador de tal futuro.Nesse pequeno raciocínio notei que há uma certa semelhança entre a chuva e as nossas vidas,mas por algum motivo não consigo explicar com simples palavras.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Um sonho esquisito.Será que estão retornando?

   Estou no meu quarto.Eu tinha arrumado ele do meu jeito na noite anterior.Figuras,posters, e outros objetos de decoração faziam parte daquele ambiente.Me sentia muito bem.Não me sentia só,apesar de estar só.Mas algo estava faltando e eu não sabia o que.Um objeto,não sei.Nunca sei o que está faltando na minha vida.Tenho tudo que imagino ser o necessário,mas ainda sim tem uma parte de mim vazia,que precisa ser preenchida.O que fazer?Esperar que um dia esse espaço oco não exista mais dentro de mim.Enfim,voltando ao sonho.Estava no meu quarto.Um fecho de luz vazava pelas brechas da janela e o quarto ficou parcialmente calmo por causa da pouca iluminação,apesar do barulho de automóveis ali perto.Era de tarde,estava com sono e em pouco tempo adormeci.O sonho começa quando eu estou sentada,parada,em meio a um bosque.Estava anoitecendo e minha expressão era de medo.Sozinha como sempre,de repente,estava correndo em direção a uma luz azulada ao fundo desse bosque.As árvores tinham muitos espinhos, portanto acabei ficando completamente arranhada dos pés ao rosto.Ainda em perseguição a essa luz, notei que alguém me seguia.Pensei que fosse o meu amigo imaginário mas era uma menina.Ela era bonita.Pele clara,olhos castanhos,cabelos castanhos e longos com um formato cacheado muito elegante e que tinha um brilho intenso,como se aqueles cabelos fossem escovados a todo minuto.Ela era alta,um pouco mais alta que eu,e trajava um vestido de seda,que combinava com seus cabelos por ser um tecido brilhoso e ter como cor principal o verde,que de alguma forma,criava uma harmonia com o tom castanho.Nesse vestido havia sinais de fuga,por estar rasgado,e sujo,como se a garota tivesse levado várias quedas enquanto corria.Enfim,os detalhes são irrelevantes.Enquanto corríamos,senti que estávamos sendo perseguidas por alguém.Mas depois notei que não era apenas uma pessoa,mas sim várias,que nos perseguiam.Na verdade a parte das pessoas eu não vi direito,por causa da noite que se aproximava e a escuridão que aumentava,então não tenho certeza se eram mesmo pessoas.Pouco tempo depois,eu e a garota chegamos a tal luz.A luz tinha como origem um lago.Era estranho ver aquele lago tão lindo no meio do bosque,que naquele momento,parecia mais um pântano.Mesmo a garota sendo mais alta que eu,eu era mais rápida que ela.Eu já havia chegado ao lago quando ela apareceu.Sem cerimônias,ela pulou dentro do lago e desapareceu.Quando vi que as tais pessoas que nos perseguiam se aproximavam,fiz o mesmo.De repente tudo fica escuro,e ao mesmo tempo,tudo fica claro outra vez.Agora estava numa casa de palha.Parecia mais uma oca,por fora,mas por dentro era muito aconchegante.A menina apareceu,e me ofereceu um copo com água gelada,que,depois de um só gole,me senti revigorada,depois de tudo que acontecera a pouco tempo atrás.Até agora o sonho não fazia sentido algum.Nunca faz.Ela estava olhando pra mim com um aparência serena,mas um olhar muito profundo que não sei explicar.Depois de recolher o copo d'agua que havia me oferecido,alguém a chamou lá de fora.Ela foi,e me deixou sozinha dentro da casa.Como sempre eu fico sozinha no final de tudo.Estava sentada em uma cama de madeira,com um colchão muito macio,que parecia feito de penas.Em um segundo tudo fica escuro de novo,e de repente sinto alguém chegando perto da entrada mas o sonho acaba e quando abro os olhos estou deitada na minha cama,olhando para o teto branco do meu quarto.O sonho havia acabado,e,como sempre,sem sentido algum.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Perdi.

   Nocauteada pelo tempo.Ele me arrastou sem me dar qualquer minuto pra reagir.É,perdi.O que me resta agora é me render.Meu tempo já acabou,a areia na ampulheta já não cai mais.Eu olho pra trás e vejo tudo o que fiz até hoje.O que posso fazer é lamentar por aquilo que deixei de fazer.Os 'euteodeio que eu não deveria ter dito,por não perdoar aqueles que me pediram desculpas,por não vencer obstáculos da vida por preguiça,por ter medo em horas bestas,onde eu precisava sorrir e por mais um monte de coisas que lamento.O que posso fazer agora?Começar uma nova vida,fazer novos amigos,amar novas pessoas,mas é claro,não esquecendo das que eu já amo,não cair nos mesmos erros cometidos até agora,tentar corrigir tudo aquilo de errado.Ter coragem de fazer certas coisas que não fiz,ter coragem de de não fazer coisas que não devem ser feitas,enfim,tantas outras coisas que eu tenho pra dizer mas não tenho pra quem dizer,pois já me despedi de todos e não tem mais volta,o tempo não volta,é apenas aceitar,aceitar que mesmo longe,me sentirei alejada,desmembrada e desfacelada internamente,pois uma parte do meu coração deixarei aqui,junto com as pessoas que fazem parte desse pedaço e que sem ele,nunca mais serei completa.