segunda-feira, 29 de março de 2021

Nothing to say

Mais um diário de bordo escrito de um navio que afunda dia após dia. 

Não sei ao certo o que relatar, não há muito o que dizer. Ainda estamos em pandemia, senhoras e senhores, e não é que esteja melhorando, veja bem, o presidente permanece o mesmo acéfalo já descrito anteriormente. Mas sigamos. 

Como na maioria das escritas desse canal, esta digito à noite, nas profundezas das 23h. Estão sendo noites conturbadas, inclusive. Não que eu nunca tenha tido dificuldade para dormir, mas agora a insônia não vem da ausência do sono, mas da vontade de não querer dormir. O marasmo que assola os meus dias manipula meu subconsciente a achar que eu deveria estar fazendo mais. Seja mais produtiva, aproveite seu tempo pra adiantar algo, porque você não sai desse instagram? 

Calma aí, minha cara, estamos morrendo.

Talvez não eu de imediato, enquanto organismo, mas o nosso redor. Nossas expectativas nascem e morrem todos os dias, nossas vontades. O cenário não é promissor para se estar fazendo planos, imaginando o futuro, organizando os próximos anos. Ele mal te dá o luxo de pensar quanto tempo você tem pela manhã para terminar aquele projeto, aquele seminário. O tempo é relativo não é mesmo, 4 horas pode ser tudo, pode ser nada. 

Mas como dito no início deste texto, não há muito o que dizer. 

Devia voltar a escrever poemas de amor, ainda que, pasme, não o tenha.