quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Fim?

  O filme já está acabando.Já estamos nos créditos finais.É ai que daremos o real valor de cada protagonista.É o momento que identificamos cada música da trilha sonora.E,mais importante,é nos créditos que vemos o quanto o filme foi interessante,e o quanto durou.
  Foi longo.Teve história.Teve moral.Será que sim?Não foi  tão depressivo quanto eu achava que seria.Não foi completamente perfeito.Não teria graça se fosse.Houve tradução de cada palavra.Nada foi passado despercebido.Cada um teve sua importância,seu papel nesses créditos finais.Agradecimentos:Todos os melhores possíveis para aqueles que que fizeram parte desse filme,mais um guardado na minha estante.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O impossível.

  Eles viviam suas vidas,distantes.Não eram próximos.Não eram nem amigos.Sentiam uma repulsa mútua um pelo outro,cada um com personalidades horrivelmente diferentes.Suas amizades pertenciam a mundos completamente paralelos.O anjo.A rebelde.O branco e o preto,destacando-se por suas diferenças.Eram apenas Yin e Yang.
  O futuro é desconhecido e a rotina de cada um era de completa surpresa.Não eram apenas as diferenças que os tornavam distantes,mas o receio e o medo.Era evidente.Cada um tinha suas próprias convicções.Eles não se odiavam ou se repeliam,mas se atraiam de modo assustador.Eram como almas interligadas.Polos de um ímã que não podiam se separar de forma alguma.Não era atoa que nenhum faltavam suas aulas ou trocavam de lugar no intervalo.A simples metragem entre eles era suficiente para se controlarem.Mas não era o bastante.Eles não conseguiam evitar as olhadas rápidas e esquivadas velozes de pensamentos.Um pelo outro.Sempre.A sociedade que os envolviam os impediam de se expressarem de forma verdadeira.A questão era: por que tanto temor em se juntarem e explodirem em emoção,amor e alegria?Só havia uma resposta: o tão desprezível status.Cada um tinha uma imagem a manter.Ele,com seu jeito certinho,sua cara inocente e sua lábia de que a vida precisa ser controlada e sempre baseada em exatas,tipico de inteligentes intelectuais.Ela,com seus cabelos metade presos por uma presilha simples.Seus olhos,mesmo que castanhos e perfeitamente normais,possuíam um indecifrável mistério,que só o mais profundo dos olhares poderia atingir e descobri-lo.Tinha um jeito mais que debochado e desprendido de viver,como se o amanhã não importasse.Completo erro.Que seja.Ambos não aguentariam,nem que fossem deuses fortes ou coisa do tipo,tal pressão.
  A aula acabara.Todos foram emboram.
  Como de costume,ele subia a rua,em direção a sua pseudo-mansão,a algumas quadras dali.Ela,descendo a rua,se dirigia a uma lanchonete,onde iria se embebedar com coca-cola,puro açúcar e cafeína.Aquilo a animava,ao mesmo tempo que a acalmava psicologicamente,e a ajudava a parar de pensar tanto em seu inimigo sentimental.O garoto,diferentemente,chegara em casa,ligara seu aparelho de som e começara a escutar opera.Para ele,identificar todos os instrumentos de uma sinfonia era capaz de desviar seus pensamentos,grudados em você-sabe-quem.De repente uma ideia lhe antigiu em cheio.Queria porque queria ir a lanchonete no fim da rua,local onde a garota sempre ia,mas ele não sabia.
  O mesmo aconteceu com a garota.Uma vontade louca de subir a rua e ir em direção ao conservatório a encheu de alegria,até então inexplicável.
  O caminho a ser prosseguido por ambos era o mesmo.Era óbvio que se encontraria.
Ele descendo.Ela subindo.Os dois,de longe,muito longe,se enxergaram.A vontade de cada um era dar meia volta,mas a vontade do alien desconhecido morando em seus estômagos era mais forte,e os forçaram a continuar.Já estavam perto.Já estavam quase frente a frente.Continuaram.Um passou pelo outro,trocaram olhares,como se estivessem se comunicando por eles,mas seguiram.
  Ela parou.Ele também.Ela se virou,com uma expressão jamais vista.Seus olhos estavam cheios de lágrimas.Não conseguia entender porque via tanta paz no cara a sua frente.De tanto o observar,mesmo que de longe,desde muito tempo, ela passou a vê-lo como um na sua mesma situação: rodiado por gente que o pressionava a viver numa cadeia comportamental.De repente ela se viu abraçada a ele,e apenas falando e falando,completamente sem controle,desabafando sua vida com um desconhecido.De início o garoto se via confuso naquela situação.Aos poucos ele se encaixou na mesma realidade.
  Finalmente,quando ela parou de falar,eles se soltaram,e apenas se olharam por longos segundos.Olhares poderosos.A conexão entre eles eram muito forte,como se existisse antes mesmo de terem nascido.Com apenas simples olhares entenderam que não havia motivo para prender o tal sentimento.
  Se abraçaram,mas agora muito mais forte.Aquilo os acalmava muito mais que coca-cola e ópera.
  Se soltaram de novo.
  Então,ele juntou coragem e falou:
 -Oi,eu sou Johan.
  Ela,ainda confusa murmurou:
 - Sou Alanis,prazer em conhecê-lo.

sábado, 29 de outubro de 2011

Dejavú.

  Pouxa!Será má sorte?Karma?Conspiração?Por que isso se repete,tantas e tantas vezes?Eu já aprendi a lição.Na verdade não.Mas já sofri demais com isso.Essa repetição de cenas.Esses argumentos já usados.Essas situações já vividas e a sensação de nada estar evoluindo como eu imaginava.Será uma regressão constante de pensamento?De ideias?O foco não está mudando e continuo com a mesma imagem de anos atrás.Não que eu queira mudar,mas sim evoluir existencialmente.Queria muito entender tudo isso. T-U-D-O.Não só partes de uma conclusão.Queria ver o desconhecido,o não vivido e não o replay de algo que aconteceu.Quero sair desse ciclo vicioso de Dejavú.

Garz.

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Não adianta mentir ou negar,somos rodiados pela ilusão.

  Não é como nas novelas.Não é a dedicação ao extremo,a perseverança e a vontade de tornar algo possível que fará com que esse algo realmente se torne realidade.As vezes não era para acontecer.E ai você fica pensando e culpando a vida por isso.Daí você parte para a boa vontade.Vira um exemplo de boa pessoa e crê que fazer coisas boas sem pedir nada em troca é o necessário para ser merecedor de alguma glória.E a coisa continua não acontecendo.Finalmente você percebe que nada do que você acha que é o certo a fazer resolve o seu problema e ai joga tudo pro alto e desiste.Mas eis que no fim do túnel escuro a luz aparece e sua vida vira uma maravilha e todos vivem felizes para sempre.É isso que a televisão passa.
  Vamos para meu fraco ponto de vista.
  Tudo isso que foi citado é realmente dádiva de um bom ser humano.Sempre correndo atrás de soluções para problemas.Mas você nunca despista-os.Isso é sinal de que você vive num mundo real.Sua vida não pode ser apenas lindos finais felizes construídos por belas histórias.Já me perdi.Só sei que tais comportamentos não devem ter intenções.Desse jeito não seria uma vida,mas um roteiro.As coisas devem acontecer ao acaso.É assim que aprendemos.Se caso todas as vivências fossem planejadas detalhadamente,não haveriam erros,e não haveria lição de vida.
  Eu paro por aqui.Não sei como falar de coisa importante sem enrolar tudo para no final nada ter sentido.

Garz.

sábado, 10 de setembro de 2011

E mais uma postagem...nada novo.

  À beira da estrada estou eu esperando me levarem de volta para casa.Minha bagagem pesa e eu não conseguiria ir sozinha.O caminho é perigoso.Posso me machucar dando uma de egoísta e pouco paciente.
  O problema de esperar é que não há nada a fazer alem de ficar pensando sobre a vida.Na minha opinião,isso já é repetitivo para mim.Sempre pensando,nunca agindo.Agindo sem pensar.Cansa depois de um tempo.Ter medo de viver ou simplesmente vergonha de encarar a vida não pode mais continuar me acompanhando.Vejo que minha mente está ficando para trás e eu apenas vou crescendo,sem a maturidade certa para a realidade em que vivo.Gradativamente vou perdendo aqueles que sempre estiveram comigo por essa minha infantilidade.Não só.Por me importar muito com umas pessoas e esquecer outras eu acaba magoando todo mundo.Até quando?Não sei a quem pedir ajuda,ou simplesmente atenção,conselhos.Ou será que devo ignorar essas coisas?
  Vou partindo,como sempre,deixando as coisas em aberto.

Garz.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Coisas de quem não dorme a noite.


  Hora de dormir.Hora de deletar tudo de inútil que foi vivido naquele dia.Não pensar em mais nada seria uma boa ideia,caso isso realmente funcionasse.Enxergar apenas o teto seria ótimo.Pena que não é assim.
  Milhões de imagens e pensamentos se configuram no teto como uma tela de cinema.Uma projeção de tudo que foi feito ou deixado de fazer é inevitável naquele quarto escuro.Um sentimento de vazio.Um silêncio perturbador e até mesmo ensurdecedor sempre me impede de dormir um sono tranquilo.Como eu queria voltar a sonhar lindas histórias,ou até mesmo coisas intrigantes e inexas...Sozinha,nesse silêncio?Impossível.
  Só existe uma coisa que me estimula a esquecer tudo,de uma vez.É quando as melodias alcançam minha alma que eu realmente relaxo.É quando elas me invadem,sem censura,que a dor e os arrependimentos se dissipam na ventania que entra pela janela.Meu sentimento de felicidade canta junto com as letras melancólicas e poéticas.É nessa hora que o silêncio vira meu aliado,porque ele apenas cala meu corpo,mas não meu espírito.
  O dia amanhece.Noto a luz do sol vazando pelas brechas da janela.É ai que eu entendo que a música não é inventada,feita ou produzida,mas é liberada da essência de cada um,e quando alguém ouve e se identifica descobre que não está sozinho no mundo.
  Sendo assim,não espero compreensão de quem lê,porque,talvez,seja algo impossível.

Garz.

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Fim de tarde.

 Sentada na calçada eu esperava a noite chegar.Via o tempo morrer e nascer ao mesmo tempo e seguia o ritmo do sol poente.Meu olhar girava para deslumbrar a paisagem alaranjada.Eu esperava aquela sombra desejada surgir no final da rua.Não seria apenas eu e a solidão eternamente junto ao reggae.Ou seria?Bob Marley reinava ao meu redor com seu ''One love''.Eu sorria.Eu cantava.Eu aproveitava o momento como sendo o último.Ignorando as horas eu andava ao longo da estrada esperando a solidão acabar.Mas eu não estava triste.Ainda.Eu gostava do que estava acontecendo.Daquele clima de liberdade e independência que consumia meu coração.Tive que correr.Correr da vida e de tudo aquilo que grudava em mim e só me atrasava.A brisa que batia contra meu rosto me fazia esquecer completamente do que eu havia deixado pra trás.Da calçada de desilusões que me agarrava para consumir ainda mais minha esperança de encontrar o que tanto procurava.
  A música acaba.Volto a realidade.Já é noite e não sei aonde estou.Era apenas a luz do luar que guiava ali.Minha procura não tivera êxito.Minha solidão continuava ali,intacta,esperando o momento certo para me abandonar e dar lugar a minha felicidade.Esperei muito tempo no final da rua.Agora é hora de seguir em frente e aprender a lidar com a situação.
  Esse é o tipo de coisa que ninguém,jamais,conseguirá compreender.

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O Código Jedi.


Não há emoção, há paz.
Não há ignorância, há conhecimento.
Não há paixão, há serenidade.
Nao há caos, há harmonia.
Não há morte, há a Força.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

E as férias chegaram ao fim.

   Pois bem,as férias acabaram e agora o jeito é voltar a vida normal de novo.Dormir cedo,deixar de lado a TV e abrir mão de estar escrevendo no blog uma hora dessas.Estudar a tarde inteira,esperar a noite chegar e desejar uma linda noite bem dormida,sendo que minha cabeça está pensando em tanta coisa que o máximo que eu consigo é...é simplesmente não dormir.
  Bem,minhas férias não foram tão trágicas e entediantes.Viajei.Fui a lugares distantes,mas nem tanto.Acho.Conheci novas culturas,novas personalidades,lugares interessantes e paisagens exuberantes.Fotos reinam agora no espaço do meu pen drive,esperando serem reveladas para terem a oportunidade de mofar durante muito tempo na minha cômoda.Algumas poucas horas de filmagem para serem vistas e revistas algum dia adiante.E ainda resta minha memória,mesmo que falha.
  Mas e então,qual a serventia de tudo isso?O que eu posso aproveitar desse recurso para melhorar minha vida?Talvez nada.Ou não.
  Resumidamente a viagem foi bem emocionante.Prefiro não falar para onde fui,até porque creio que quem esteja lendo isso ja saiba.Estive em extremos naturais,perto da morte até.Exagerei.Passei por momentos de frustração,alegria,aventura e medo.Tudo junto a família.
  Parece patético,ou não,mas viajar com meus pais é divertido.
  Enfim,aprendi algo nessa viagem: se orgulhar do que tenho,e do que não tenho.Mesmo o Brasil não sendo lá essa coisona toda que a mídia tanto promove,ele se destaca como um país do qual podemos ser de vários gêneros e tipos,ter várias personalidades sem ser considerado como louco ou horrivelmente diferente.
  Sinceramente eu não sei onde quero chegar e nem pretendo fechar e concluir meu raciocínio nessa postagem.Portanto,tenha uma boa noite.

sábado, 18 de junho de 2011

Reticências...

  Minha cama macia e meu travesseiro estampado me convidavam para um momento de relaxamento.As músicas filtravam meus pensamentos,restando apenas aqueles que me faziam sorrir e que me faziam pensar o quanto minha vida era perfeita.Meu corpo apenas deixava de pesar por algum momento enquanto flutuava até meu sonho maravilhoso.Mais um que iria para meu caderno de redação.
  O dia nasceu,e eu precisei respirar fundo aquele ar puro que rodiava meu quarto.Começei rapidamente minha busca ao caderno verde.
  E então tudo estava pronto.Caderno em mãos,um lápis apontado e as lembranças da noite anterior.
 Apenas algumas páginas retratavam o sonho.Eu temia pela presença de algo que me revoltava.
  Depois de reler o texto eu vi.Sim,elas estavam lá.As tão temidas reticências.Aqueles pontinhos que deixavam meus pensamentos e ideias em aberto e não concluíam-os com sucesso.Transformavam meu dia em algo relativo demais.Elas estavam lá,estragando meu texto,e o transformando em frases inacabadas.Meu método de jogar toda a infelicidade fora deu errado.Minha vida estava incompleta sem ela.Infelizmente a infelicidade faz parte.Coisas ruins fazem parte.
  Como descobri tudo isso?Quando aprendi a diferenciar a vida,cheia de angústias,lamentações,e felicidades,do sonho,contendo apenas momentos bonitos e encantadores.É, cara humanidade,a vida só nos torna felizes quando aceitamos que não é só isso que nos preenche por completo.

quarta-feira, 1 de junho de 2011

Amanhã é um novo dia.

  E ao pensarmos no dia de hoje,veremos que não foi outro dia qualquer.As mesmas pessoas foram vistas,e com essas mesmas pessoas conversamos.Outras desconhecidas passaram por nós,mas nada mudou.Os mesmos horários foram respeitados.Mas então note.Não falamos da mesma forma com essas pessoas.Não olhamos ou rimos do mesmo jeito com elas.Não passamos por desconhecidos sem opinar.O tempo não passou na mesma velocidade de antes.Nosso humor não era o mesmo de ontem.Nossa alegria não era tão estonteante.O estado de espírito mudou.Nosso pensamento não está mais focado naquilo.Algo perdeu a importância de dias atrás.Alguém se prejudicou com seus atos,ou,ao contrário,saiu ganhando.O clima não foi o mesmo.O dia não estava tão claro como ontem.Mas então paramos e refletimos mais uma vez: amanhã será diferente.Poderá ser um dia melhor,ou pior,se comparado a hoje.
  Portanto,se continuarmos refletindo,entenderemos a tão conhecida conclusão: ''amanhã é um novo dia''.

terça-feira, 24 de maio de 2011

~~SONHO~~

O dia estava ensolarado.O sol raiava intensamente no lago.As palhas do telhado da minha casa cantavam e dançavam junto ao vento.Isso me acalmava.Os pães estavam assando.O cheiro de chá de camomila voava e espalhava-se dentro da pequena casinha no bosque
  O dia estava maravilhoso.Estava sozinha,mas isso não me incomodava.Vivia longe demais do castelo para ser incomodada por cavaleiros reais.
  Tenho que admitir que não era tão feliz estando completamente sozinha,mas conseguia viver tranquilamente.Meus pais estavam distantes,muito distantes.Eles estavam felizes na dimensão dos deuses,com seus espíritos leves e livres de tristeza,esperando por mim.Mas enquanto aguardava o dia da minha grande viagem,deveria continuar vivendo pacatamente,como sempre vivi.
  De repente ouço gritos.Gritos de desespero.Não notei quando a criança que tanto gritava entrou correndo pela janela do meu quarto.Era uma linda menininha,escondida pelos arranhões e hematomas que sangravam por todo seu corpo.
  Sem hesitar,a criança escondeu-se debaixo da cama,horrivelmente apavorada.Depois de alguns poucos segundo ouvi o trotar de vários cavalos.Ao perceber as bandeirinhas com o emblema da corte conclui que aqueles eram os tais cavaleiros reais causadores de tamanho medo da menina.
  Os homens invadiram minha casa,revirando tudo que encontravam pela frente ,procurando a criança que a pouco chegara a minha casa.Ao olharem o quarto,senti meu coração latejar na garganta.''Eles vão encontrá-la'',pensei assustada.
  Depois de destruírem por completo minha pequena casa,um dos cavaleiros gritou,impondo toda sua autoridade:
 -Onde está a criança bastarda?Diga-nos ou arrancarei sua cabeça sem piedade alguma!
 -De que crianças estais falando meu senhor?-tentei disfarçar.
 -Não me faça de tolo plebéia imbecil!Minha paciência está esgotando.
 -Se tu falas de uma menininha surrada,ela seguiu para a floresta-menti-e faz pouco tempo.
  Ele desconfiou,mas quando viu que,aparentemente,a garota não se encontrava ali,acreditou no que eu relatara.
  Os cavaleiros dispararam para a floresta,com seus cavalos imponentes,de crinas brilhantes e sedosas.O cavalo do general era branco para diferenciá-lo e dar-lhe liderança e poder perante os outros.
  Quando tive a certeza de que aqueles homens estavam longe,corri em direção a cama do quarto.
  Lá estava a criança,em estado de choque.Fui até ela e tentei acalmá-la:
 -Venha criança,estais segura agora.
A criança continuou calada
 -Por favor fale alguma coisa-insisti-venha,tenho roupas limpas e pequenas que servirão em ti.Esquentarei a água para teu banho enquanto te acalmas.
  Deixei a garota sentada na cama e fui procurar as roupas,quanto a chaleira da água começava a ferver.
  Quando voltei ao quarto a menina estava deitada na cama,aliviada e aparentemente mais calma.Portanto tomei a liberdade de conversar com ela:
 -Como te chamas pequena criança?
 -Elisa-falou a menina envergonhada-por favor,sou sou criminosa.
 -E por que estavas fugindo?-perguntei curiosa-por que aqueles homens te perseguiam daquele jeito?
 -Porque fiz uma coisa muito errada.
 -O que fizestes de tão errado assim?
 -Por favor,não quero falar sobre isso.Apenas saiba que não sou mal.
 -Tudo bem Elisa-quis mostrar intimidade para que a garota se tranqüilizasse mais-mais tarde falamos sobre isso.
  Elisa concordou e foi tomar seu banho.Minutos depois,quando ela já estava banhada e vestindo roupas limpas,comecei a cuidar de seus ferimentos.No final do dia ela já estava recuperada.
  À noite,na hora do jantar,sentamos à mesa e começamos a comer a canja que eu preparara pela manhã.Depois de longos minutos de silêncio,finalmente me prontifiquei a tocar no assunto que Elisa tanto repudiava:
 -Criança,por que te perseguiam?
 -Porque fiz algo muito errado.
 -Mas o que tu fizestes de tão terrível?
 -Por favor,não pergunte sobre isso.
 -Desculpe,mas se eu não souber sobre a história de alguém que salvei de homens fortemente armados e poderosos,não poderei te abrigar aqui por muito mais tempo.Posso estar correndo perigo!
  Elisa pensou,hesitou um pouco,mas decidiu falar:
 -Peguei um objeto proibido do mago do rei.
 -E que objeto é esse?-aquilo me intrigava-E que mago é esse?
 -O mago é um servo do rei-Elisa parecia saber bastante do assunto-Esse mago é um estudioso que procura curas e remédios para o povoado,além de desvendar mistérios sobre nossa história.
 -E que objeto você pegou?
 -Uma ampulheta.
 -E o que tem de tão especial em uma ampulheta?
 -A ampulheta pertencia a um deus do tempo,segundo a lenda,e tem o poder de voltar no tempo.
  Não podia acreditar naquilo.Mais parecia um artefato de estórias e contos para crianças.Mas concordei com o que ela dizia para que continuasse falando sobre a ampulheta:
 -E para quê você queria essa ampulheta?
Elisa parou de falar,respirou fundo e continuou:
 -A dois anos,aqueles mesmos cavaleiros que estavam me perseguindo,assassinaram meus pais.
 -Mas por porque?-estava transtornada.
 -Porque,na época,o reino estava passando por um período de estrema pobreza e fome entre quase todos da plebe,por conta dos altos impostos cobrados pela nobreza e igreja.Por causa disso,meus pais,que possuiam ilegalmente um pequena herança,doavam comida e roupas para os mais necessitados,como crianças,mulheres grávidas e idosos.Quando os cobradores de impostos descobriram,mandaram matá-los,pois além da herança ilegal,era proibido manifestar qualquer ato de ajuda ou compaixão na plebe,que não se originasse da igreja.Enfim,eu precisava da ampulheta para voltar no tempo e salvá-los.
  Mesmo não acreditando muito no que Elisa me contava,a comoção surgiu como uma martelada forte e não consegui conter o choro.Todo esse tempo fui ignorante,vivendo sempre sozinha e isolada,enquanto muitos sofriam com o reinado injusto da corte.
  Após o jantar,arrumei o canto do quarto com um colchão reserva para que a garotinha descansasse.
  Já estávamos dormindo quando ouvimos mais uma vez as trotadas.De repente os cavaleiros entraram violentamente,destruindo tudo de novo.O general fitou-me de forma malígna e falou,quase que num susurro:
 -Tu mentiste,e por isso tua morte será cruel.A doce menininha da qual salvara e cuidara na tua casa irá sofrer e eu não quero que perdas nenhum momento da morte dela.Espero de gostes.-falou o general num profundo tom de ironia maldosa.
  Foi tudo muito rápido.Elisa foi amarrada grosseiramente pelos pés numa árvore ali próxima e,com uma foice brilhante,afiada e demoníaca,um dos homens mais cruel e malevolente cortou a cabeça de Elisa com um só golpe.
  Não vi tal cena.Eu estava acordada.

domingo, 15 de maio de 2011

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Destino dos ventos.

  Existe uma escada e ela é feita de pedra.Ela leva a um lugar desconhecido.Seus degraus são íngremes.Seu começo é sombrio.As gotas da tempestade que se aproxima a torna escorregadia.Preciso subir.Ao chegar,encontrarei a felicidade,o amor,a esperança e tudo aquilo que me abandonara num passado distante.Preciso subir.A insegurança me ataca loucamente,mas tenho que continuar
  Subo.A dificuldade aumenta.Levo muitos tombos ao longo do caminho.Os hematomas já estão bastante visíveis em todo meu corpo.
  Não posso esperar que a chuva chegue.Finalmente os degraus acabam.Não haviam nuvens naquele lugar.Era de tirar o fôlego.Palavras não eram capazes de descrever qualquer detalhe.Ao fundo da cobertura que mais parecia o Olimpo,avisto o ser que me esperava todo esse tempo.O ser do qual eu sonhava,do qual eu vivia feliz por saber que ele existia.Seus olhos castanhos mostravam o mistério que o preenchia.Um olhar profundo que me fazia esquecer do mundo lá de baixo.Suas roupas mostravam a simplicidade que tanto cultuava,mas contradizia com a nobreza de seus cabelos castanhos-escuro que seguia o ritmo dos ventos.Seu abraço completava o pedaço que tanto fazia falta.Sim ele me amava.Mesmo que não,viveria feliz acreditando que sim.Era ali que eu queria estar.Era ali que eu pretendia viver,sem me preocupar com as futilidades que me cercavam.Afinal,viveria feliz,junto com que me fazia feliz,sendo o eu realmente era por dentro,sem me importar com a tristeza que eu tanto exibia por fora.Tristeza essa que nunca mais iria existir.

Insônia.

  As horas correm.A noite cai.O dia acaba.O corpo dorme,mas a mente não para.Os pensamentos me invadem.O corpo não relaxa.São muitas a ideias de um dia.Penso no que eu fiz.Penso no que eu não fiz.Penso no que eu deveria ter feito e nas coisas que não deveria.Lamento por ter ditos coisas que não deveriam ser ditas.Meu sono é recortado constantemente.Durmo pensando no outro dia.Acordo pensando na noite mal dormida.Vivo presa ao passado.O futuro me engana.O presente me odeia.E o presente se torna passado.O futuro me engana mais uma vez.A culpa me preenche.Como eu odeio o dia seguinte.Que futuro desconhecido me aguarda?Mais um presente de lamentações e arrependimentos?Vou dribá-lo e nunca acordarei.Pena que meus sonhos não são melhores.São infelizes e sem graça.Não há vida.Não há sentimentos.Não há pessoas.É egoísta.Não dura.
   Enfim,a luz desperta meu sono e cá estou eu,no presente,chorando pelo passado,vivendo em lembranças e ignorando o futuro.

Nothing is forever.

  As vozes ecoam na sala fechada.O frio permanente atrasa a consciência.A sensação de estar em um eterno estado vegetativo continua.Os olhos pesam.A vontade de dormir é inevitável.As rajadas do vento frio que entram pelas brechas da janela me levam a um sono profundo.Tudo escurece,tudo silencia.A calma e a tristeza me envolvem como uma corda grossa que me prende por inteiro.Quero acordar.Não consigo.Quero acordar,mas não quero voltar.Quero pensar que serei feliz para sempre.Pensar que nada,um dia,irá morrer.
  Acordo.Estou sozinha e volto a realidade que um dia irá acabar.

domingo, 10 de abril de 2011

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''Nascemos sozinhos,vivemos sozinhos e morreremos sozinhos.Só há uma coisa a fazer: aceitar que a vida é simplesmente solidão.''

Mesmo que esquecidos...


Nunca esquecidos.É,isso é bem contraditório.

This is War.

  As flechas assobiam.Corpos são mortos.O sangue é derramado sobre a terra úmida.Os gritos vociferam em uma intensidade profunda.Cada um por si.O leito do rio é tingido pelo vinho forte.A correria continua.A ansiedade pela vitória aumenta.Quando vai acabar?
  Então a batalha é cessada.A multidão se cala.O silêncio predomina.O luto invade o coração dos vencedores.Amigos perdidos na luta.Almas encaminhadas para um destino desconhecido.A dimensão dos mortos.A terra dos sobreviventes.Eles ainda pedem paz.Não querem viver para morrer.Não querem morrer pela vida.Não querem morrer pela vitória.Não querem matar para vencer.Não querem sujar suas mãos pelo pecado,pelo sangue.Querem viver.Apenas viver.Viver com suas famílias,na paz de seus lares,na felicidade de suas terras,terras essas puras.Não querem passar toda a eternidade pedindo perdão.Não querem obedecer eternamente a um superior ignorante e possessivo,deitado em sua cama de ouro,junto a sua esposa magnífica desejada pelos homens.Sim,os poderosos do reino se vangloriam por seus pertences.Seus subordinados são sua fortuna.Pobre daqueles que vivem para a guerra.Mas a esperança renasce dentre os homem do exército.A alegria da vitória pela liberdade enche o coração da multidão,que contemplam,ao mesmo tempo,a dor da perda.A emoção invade a consciência daqueles homens.E o grito da vitória viaja por toda a floresta.Eis a salvação.O poder do povo.O poder daqueles que lutam por eles.O poder digno de um ser humano capaz de amar uns aos outros como a ele mesmo.O poder de pedir perdão pelos pecados fatais.Eram apenas ordens.Ignore-as e viva longe de mãos inimigas.Grite.Grite,e assim,os homens terão paz,e não destruirão aquilo que não é deles apenas pela vitória,pois a vitória é digna da vida e isso não pode ser simplesmente destruído.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Imagine.

  Os olhares se cruzam.As almas se intercalam.As mentes se unem.O mundo simplesmente para de existir.Os pulmões já não respiram.Tudo fica mudo e a única coisa que se ouve é a batida dos corações.Um ritmo envolvente.Uma melodia deprimida.E ela não existe.O lugar não importa.Nada mais importa.A distância entre seus pensamentos e o mundo real é incalculável.Nada mais faz sentido.Mas o que é isso?
  Tudo se apaga.O sons voltam.O relógio retorna com seu tique-taque insuportável e a luz do dia irradia entre as brechas da janela.Por que tudo que sempre é imaginado nunca é real?Por que tudo tem que ser apenas uma mera ilusão?
  Então,sempre voltaremos,ao amanhecer,ao pequenino e limitado universo de rotina.Imagine.Imagine.Imagine.Assim,poderemos fazer aquilo que não fazemos.Ser aquilo que não somos.Quem sabe isso pode ser muito bom,ou muito ruim.Questões que não pretendo resolver.

sábado, 2 de abril de 2011

Living with wolves.

Tu és omitido da verdade.Tu não podes contestar com os poderosos.Abra teus olhos e serás transformado em bruxo.Fuja.Corra para a floresta.Roube o cavalo real e inflija a lei da autoridade máxima da corte.Procure por uma clareira.Mas há lobos a tua volta.Lobos famintos e sedentos.Corra e serás atacado ferozmente pelos animais.Permaneça imóvel e o resultado será o mesmo.Não há a cabana segura que serve para esconderijo para aqueles que abrem os olhos.Não há quem abra os olhos.Não há árvores altas o bastante para te proteger dos lobos.Seus olhos profundos te fitam com um obscuro sentimento de medo.Tu não tens armas,tu não tens espadas ou qualquer tipo de escudo.Tu és um mero mortal que desejas fugir eternamente da ignorância.Os lobos não te matarão.Eles só querem comida.Cace uma lebre e divida-a com eles.Ache uma nascente e os dê de beber.Mate a tua fome e a tua sede.Viva com os lobos.Tu não és mais uma ameaça.Tu é os olhos da humanidade.Olhos corajosos que enfrentaram o poder de outros olhos injustos.Construa tua tragetória,como o caminho livre da nobreza.Crie tuas verdades e tuas crenças e seja feliz.O que ainda posso falar?Viva com os lobos.

segunda-feira, 21 de março de 2011

XXXXXXX?

  Onde está o sentido de ainda estar viva?Onde estão as coisas da quais eu me apoiava?Onde estão as coisas da quais eu amava?Como repor o tempo perdido se já não há mais essa noção?Durmo sem saber que horas são,acordo sem saber em que dia estou e ando sem saber aonde vou.Mas onde está a lógica?E o que é tudo isso que vem em mente?Que zumbido é esse que tanto ecoa em meus sonhos?Dias que nunca acabam,tempo que nunca passa,mundo que não gira e essa angústia que me mata.Mas onde está a lógica?
  O silêncio profundo me nocauteia a cada eternos segundos de um período onde minha essência se dissipa em solidão e culpas que não me deixam nunca.Não,não existe lógica em tudo isso.Não há um raciocínio concreto e morreremos sem saber do que eu estou falando.

quarta-feira, 9 de março de 2011

Repetição da mesma idéia continua.

  Um barco de ilusões carrega sonhos perdidos e esquecidos por pessoas que desistiram de acreditar no impossível,de acreditar no que não existe,seguindo apenas o real.A chuva forte de verão joga tudo de mágico contido nesses sonhos ao relento do mar,afogados em mágoas deixadas de lado e substituídas por desculpas esfarrapadas.A equipe de resgate não existe pois não haveria tarefa alguma.As ondas já levariam todos os sonhos.Mas os pesadelos não estariam lá.Eles são guardados e nunca são jogados nesse barco.Os pesadelos fazem parte da realidade.
  A minha filosofia de vida barata e glichê não para de vir à minha mente e me atormenta dia e noite.A vontade de ouvir Raul seixas  e refletir sobre sua metamorfose ambulante é inevitável.O burburinho insuportável  de pensamentos não silencia nunca.Mas quando a surdez repentina e o desgrudamento do mundo me atingem,o sentimento de nada me envolve.Imagens sem sentidos me rodeiam.Pessoas,paisagens,animais,cenas em movimento e sentimentos que me abraçam e me prendem ao surreal.Não há um ponto seguro,um ponto em branco.O lugar não possui portas ou janelas,quanto mais alguém que pudesse ouvir meus pedidos de socorro.Recomeçar seria interessante.Jogar o que não importava no barco e mandá-los a tempestade do oceano.Construir uma parte em branco,virar a página,comprar um novo caderno estampado para reescrever a historia.Inventar coisas do meu agrado e acreditar que seriam elas que me abraçariam na próxima vez que a força me puxasse para o lugar esquisito.E se eu esquece de algum detalhe importante?De alguém especial?O que realmente importava seria jogado junto ao lixo do barco e eu viveria em um vazio repleto de invenções.Viveria num lugar cheio de imagens e coisas que não eram minhas,que não eram de ninguém,que não existiam.
   E onde eu quero chegar com isso?

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

CARA HOJE EU TO FELIZ!!!

NADA DE ESCREVER COISAS DEPRIMENTES E FORMIDÁVEIS COM FRASES DE DUPLO SENTIDO FIGURADO OU COISA E TAL.È,MINHA VIDA TA BOA,E EU ACHAVA QUE PODERIA ESTAR PIOR,MAS NÃO ESTÁ.DESCOBRI QUE NÃO SOU ETERNAMENTE ODIADA E QUE A HUMANIDADE VAI COM MINHA CARA,APESAR DE EU NÃO ACREDITAR NISSO POR COMPLETO.CHOVE A  3 DIAS E EU ESTOU AMANDO ISSO.O CLIMA ESTÁ FRIO E ISSO É REVIGORANTE.E EU ADORO ESCREVER COM LETRAS MAIÚSCULAS.E FIM.NADA MUDOU NA SUA VIDA,MAIS UMA VEZ.SEJA FELIZ E UMA BOA SEMANA.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Me deu vontade de colocar alguma imagem como essa.

Poemas bobinhos de que não tem criatividade.

O amanhecer
O entardecer
A repetição de um filme
A contradição de uma vida
O canto dos pássaros
O silêncio do vácuo
O frio
E um calafrio sobe a espinha
E o brilho da lamparina ofuscante
O sol radiante
E a lua branca que encanta.

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

QUE SEJA,MEU TEXTO FOI APAGADO PELO QUERIDO GOOGLE CHROME.

MINHAS REVOLTAS SERAM EXPRESSADAS POR MEIO DE LETRAS MAIÚSCULAS.


   É TÃO BOM QUANDO ESTOU SENTADA,ULTILIZANDO O COMPUTADOR,E QUANDO DE REPENTE SURGE UMA IDÉIA DO QUE ESCREVER E ESSA TAL IDÉIA FLUI,CRIANDO UM BOM,OU SIMPLESMENTE,UM TEXTO.LINDA TARDE EM QUE ESTAVA ESCREVENDO SOBRE O QUANTO MEU SONO ESTÁ SE TORNANDO PERTURBADO,COMO SE MINHA MENTE ESTIVESSE EM CONSTANTE FUNCIONAMENTO E NÃO RELAXASSE NUNCA.POIS BEM,POR MAIS QUE EU SAIBA QUE NINGUÉM LÊ ESSE BLOG,E SE LÊ,QUEM BOM,MAS É QUE EU GOSTO DE FICAR RELATANDO COISAS SOBRE...COISAS.ENTÃO,O MARAVILHOSO E BELO PROGRAMINHA CRIADO PELO GOOGLE PARA QUE,SEGUNDO ELE,TORNAR SUA NAVEGAÇÃO NA INTERNET MAIS RÁPIDA,ACABOU DE ESTRAGAR MEU DIA E ME FAZER FICAR RELATIVAMENTE MAL,E COM RAIVA.É.PERDI A VONTADE DE POSTAR ALGUMA COISA E SÓ VOU TENTAR INVENTAR ALGO QUANDO EU NÃO TIVER NADA MELHOR PRA FAZER.


TENHA UM BOM DIA.VIVA OU MORRA,A ESCOLHA É SUA.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dádivas.

  Apenas uma mochila seria necessária.Bagagem?A mínima possível.Uma caneta e um caderno em branco seria os únicos objetos.Uma garrafa com água,bolachas de água e sal e algum dinheiro serviriam por alguns dias.Após escrever a carta que descreveria,para aqueles que se importassem,onde eu estaria e o porquê de estar lá,eu poderia partir.Mas não era preciso se preocupar.Seja qual for a situação,nascemos sozinhos e morremos do mesmo jeito.Não há como mudar.Não haveria leitores para esta carta.Mas não foi perdido tanto tempo para escrevê-la.
  Saí da minha proteção material,caminhando rumo ao horizonte,sem olhar uma única vez para trás,temendo arrependimento.Para onde ir?E qual seria o destino?
  Sentada em um banco,a alguns quilômetros da minha origem,consegui coragem para abrir o caderno em branco.Escrever seria minha única tarefa para aquela pequena jornada fazer sentido.''Controlo com muita dificuldade a vontade de viver no passado ou de adivinhar o futuro.O medo domina muitas vezes a vontade de viver o momento.É desconcertante saber que só existe uma saída para problemas diversos''.
  A manhã finalmente atinge seu objetivo,mas não por completo.A tal jornada estava se tornando cada vez mais solitária e silenciosa.De algum modo muito estranho,tudo estava começando a fazer sentido.Seria aprender a viver sem dependência?''A falta de algo me incomoda.A presença de outra coisa também causa o mesmo efeito.É impossível saber do que se trata tanto desconforto.O momento já não é tão distante.Ou é?''
  É hora de voltar.Consegui desmanchar a idéia de que eu não suportaria viver um só segundo sozinha.Eis que,neste exato momento,não há medo,não há insegurança.O momento.O hoje.O presente.Desbravei uma pequena distância,carregando idéias,sem mesmo sair de casa,sem mesmo me levantar da cadeira,sem mesmo precisar ficar sozinha.Esse seria o sentido.Qual?...

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Rápidos devaneios.

  Idas e vindas seguidas por um ritmo alucinógeno,como se a água estivesse seguindo alguma melodia imaginária.O movimento e o som suave produzidos pelo bater do mar em gigantescas pedras no recife faziam parte de uma harmonia entre os que compunham aquela imagem captada pelos meus olhos.O sol estava se pondo.Tudo ali tomava um tom alaranjado,inclusive eu.Mesmo que intensidade da luz estivesse fraca,meus olhos ardiam ao olhar para o horizonte a minha frente.Pegadas na areia eram deixadas para trás,e a medida que as águas as atingiam,elas desapareciam.Eu era atacada constantemente por pedacinhos de areia que encontravam meu rosto com uma força que fazia com que minha pele formigasse.O cheiro de água salgada e algas marinhas estava começando a me fazer passar mal,obrigando-me a desmaiar ali mesmo.

domingo, 30 de janeiro de 2011

Fugindo um pouco da formalidade.

  Olá,como vai?Que bom que perguntou,eu vou bem.Depois deste pequeno diálogo entre uma única pessoa,eu começo um pequeno texto baseado em meus curtos dias.Dias muito quente,de arder os olhos.Estou bastante apreensiva.O começo de aulas já está bem próximo e sempre vem aquelas perguntinhas na mente:Será que farei amigos?Será que lá é bom?Será que serei aceita pela comunidade do colégio?Entre outras perguntas...Mas então?Estou escrevendo coisas desinteressantes,então isso se tornará cansativo.Os dias estão cada vez mais claros,afinal é verão!Isso é ruim.Nunca descartei a idéia de morar no pólo norte e viver o resto da vida sentindo frio.Finalmente me tornar branca e rosada.
   Hoje é domingo,então não estranha ser um dia tão entediante.Escrevi um pequeno texto num outro site de blog que eu tenho,www.camburao.tumblr.com,sobre a verdadeira história do Hulk,aquele indivíduo grande e verde.Enfim,acho que só tenho isso para falar.Depois de ler esse texto,nada mudou na sua vida,então tenha um bom dia e tchau. .-.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

O Obscuro.

Olhos fechados,lágrimas nos olhos,cabelos molhados e embaraçados.Pés sujos de lama e,enquanto corria o vento batia em meu rosto,trazendo todo o clima frio e sombrio daquela noite escura.Onde estaria a lua naquele momento?A essa altura a luz já havia sido apagada e o espelho já estaria destruído e estilhaçado sobre o vácuo lá de cima.As pessoas já estariam escondidas em seus porões,com suas velas ao alcance,esperando o dia amanhecer,o que provavelmente se tornaria impossível dali a algum tempo.Só restava sobreviver.O vento é cessado graças ao calor e o abafamento repentino.Como faria o fogo?Não haveria combustão.Correr também não adiantaria.O oxigênio já estava diminuindo,e respirar estava se tornando cada vez mais difícil.A chuva já havia parado e todas as vitalidades necessárias para a vida estavam desaparecendo.Já era possível avistar pessoas arquejando enquanto se esforçavam para resgatar as flores já murchas do jardim.E então o já esperado destino de nossas vidas realizou-se.A caixa de pandora foi aberta e a ultima das importantes razões de existência foi perdida: a esperança.Tudo já estava acabado,perdido,não tinha saída,não havia refúgio.E um abismo muito profundo estava a um passo.Era escuro,mas se comparado áquela noite,estava ''iluminado''.Um fim maravilhoso não?!Segundos de liberdade,e como um anjo,me sentiria feliz.Só me restava aquilo.Segundos perfeitos até tudo desaparecer.Um suposto fim do mundo,contendo eufemismos mas em momento algum mentiras.

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Inconclusivas.

  Desenhos e rabiscos ou páginas em branco.Textos escritos com calma ou apenas palavras soltas.Pensamentos e raciocínios inexos.Desilusões ou esperança.Sorrisos despercebidos cobertos por preocupações sem importância.Aventuras e loucuras que não foram vividas por medo ou receio de arrependimento.Noites mal dormidas e dias passageiros.Uma vida perfeita ou um sonho perdido.Manhãs claras e frias ou dias quentes e agoniantes.Ou,ou,ou.Dois lados da moeda.Pontos de vista diferentes.Opiniões distintas.Viver ou vegetar eternamente esperando algo acontecer.Novidades,um objeto desejado,um amor ''para sempre'',ser livre de responsabilidades,ser livre de crítica,ser livre de informações que nunca foram pedidas.O dom de ignorar.Formar ou descobrir verdades próprias e confiar que serão as certas.Esperar que a chuva acabe ou querer que continue.Mudar o mundo ou deixar como está.Mudar pessoas ou aprender a conviver com elas.Tantas escolhas.Tantas opções.E afinal,sobre o que discutimos?Sobre o quê dialogamos infinitamente?O que criticamos tanto?Quem define uma vida perfeita?Em histórias felizes,não é fácil encontrar a princesa e salvá-la de algum monstro.Desafios pendentes.Vivemos presos diariamente pela preguiça,deixando que tudo aconteça de qualquer forma.E assim,a história continua.E mais escolhas: viver feliz para sempre ou ''e tudo acabou como um passe de mágica''.