sábado, 20 de junho de 2015

Um sonho de Quinta.

Conserve, minha flor, o sonho em mente
Mantenha o silêncio envolto à memória
Não perca o amor que tão levemente
Encheu tantas noites de olhares e prosas.

Fantástico acaso do nada surgiu

Andando ao fogos de anônimo evento
Dramático passo em falso causou
Encontro do ser de doce lamento.

Tempo, meu bem, tão falho conceito

Mil anos de dor desfazem-se à glória
As horas de amor tornaram-se história
Segundos de vício adormecem o peito.

Detalhes, autor, da tela extinga

De que forma precisa a obra perfeita
Lembranças fiéis, mas quanta ironia
Ser do incerto o desejo do qual prometera.

Andamos as milhas de poucos minutos

Vivemos sorrisos de um mundo sem som
Embriaga-me o resto talvez meio bruto
Daquilo que um dia foi um sonho bom.

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