sexta-feira, 4 de setembro de 2015

Hello darkness my old friend.

   Primeiramente, gostaria de deixar claro que não tenho nada específico a ser discutido ou refletido aqui. Digamos que, na falta de válvulas de escape para expressar certos impasses existenciais, utilizo da melhor ferramenta de escrita que eu já adotei nos últimos 6 anos: este blog. SIM, este blog tem mais ou menos essa idade. Loucoslunáticos é a minha melhor fonte de reflexão sobre meus anos "conturbados" de adolescência. É hilário analisar a temática, a forma de escrita, as inspirações e as realidades das quais eu vivi nesse período. Infelizmente, isso me deixa triste, porque eu não mudei tanto. É desolador. Enfim, pulemos para outro parágrafo por motivos estéticos.
   Embora a técnica de escrita tenha melhorado, os temas abordados são os mesmos devaneios de sempre, assim como o vocabulário referente ás depressões. Tem coisa mais clichê que escrever textos tristes e vazios com termos, como o próprio "devaneio", como "desilusão'', "existência", ''solidão'',  "sol, amanhecer, raiar do dia, silêncio..."? Já é algo tão batido, tão previsível. Engraçado que, algum tempo atrás, seguir esse perfil era legal, era cult, era intelectual, ou sei lá. Parece que atuar um papel filosófico de vida era interessante, conversar sobre Nietzsche aos 14,15 anos de idade transparecia um alto grau de sabedoria. Óbvio, todo o repertório sociocultural da época era restrito ao que era aprendido nas aulas de filosofia. E o que dizer sobre os gostos musicais? Vamos lá amigos, vamos aqui escutar HIM (adoro deixar evidente o quanto essa banda marcou e ainda marca minha vida), vamos chorar ao som de Cocoon, a banda mais amor que eu ja escutei, mas a que mais me instigava ao desejo de chorar metaforicamente no canto. E nas horas de rebeldia hormonal? Iron Maiden até o tímpano chiar. E sabe o que é mais massa? Essas ainda são umas das bandas que eu mais gosto. E esses ainda são uns dos comportamentos que eu mais adoto para vida, E esses ainda são aspectos que me caracterizam. Mas eles deixaram de ser tão descolados como na época, porque ''eu'' já me tornei repetitiva. Duvida?
   Tenho completa consciência de que fui trouxa, assim como tenho completa consciência de que afirmar isso é imaturo. Mas é um fato. Hoje, acredito que atingi um patamar de estabilidade de personalidade aceitável. Mas um de sentimento? Nunca. Sofro por uma corrida ideal atrás de uma felicidade construída a partir de algum conceito ideal. Segundo meus cálculos, devia eu estar na Universidade, cursando algo do meu agrado Ou então, deveria estar cheia de histórias de ensino médio, cheia de experiências ousadas, vivências proibidas, sorrisos maliciosos. Eu deveria ter abraços diários, deveria ter tido beijos e amassos, advertências que não envolvessem apenas atrasos no colégio. Eu deveria estar me vangloriando pela mudança de cabelo, de rosto, de beleza do qual passei. Eu deveria estar relatando sobre aquela festa que eu fui e odiei. Talvez daquela declaração de amor desastrosa da qual fui alvo, ou da qual fiz. Mas, afinal, vivi algo assim? Não.
 
    Olha, para falar a verdade, perdi completamente a linha de raciocínio. Mas como já escrevi tanto, e como queria tanto nao deixar o blog morrer, nao deixar o blog acabar, vou postar esse desabafo de qualquer forma. Provavelmente usarei a mesma postagem, quando lembrar de tudo o que faltou falar, para retomar ideias e editá-las. No mais, é isso.
 
 

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