Embora a técnica de escrita tenha melhorado, os temas abordados são os mesmos devaneios de sempre, assim como o vocabulário referente ás depressões. Tem coisa mais clichê que escrever textos tristes e vazios com termos, como o próprio "devaneio", como "desilusão'', "existência", ''solidão'', "sol, amanhecer, raiar do dia, silêncio..."? Já é algo tão batido, tão previsível. Engraçado que, algum tempo atrás, seguir esse perfil era legal, era cult, era intelectual, ou sei lá. Parece que atuar um papel filosófico de vida era interessante, conversar sobre Nietzsche aos 14,15 anos de idade transparecia um alto grau de sabedoria. Óbvio, todo o repertório sociocultural da época era restrito ao que era aprendido nas aulas de filosofia. E o que dizer sobre os gostos musicais? Vamos lá amigos, vamos aqui escutar HIM (adoro deixar evidente o quanto essa banda marcou e ainda marca minha vida), vamos chorar ao som de Cocoon, a banda mais amor que eu ja escutei, mas a que mais me instigava ao desejo de chorar
Tenho completa consciência de que fui trouxa, assim como tenho completa consciência de que afirmar isso é imaturo. Mas é um fato. Hoje, acredito que atingi um patamar de estabilidade de personalidade aceitável. Mas um de sentimento? Nunca. Sofro por uma corrida ideal atrás de uma felicidade construída a partir de algum conceito ideal. Segundo meus cálculos, devia eu estar na Universidade, cursando algo do meu agrado Ou então, deveria estar cheia de histórias de ensino médio, cheia de experiências ousadas, vivências proibidas, sorrisos maliciosos. Eu deveria ter abraços diários, deveria ter tido beijos e amassos, advertências que não envolvessem apenas atrasos no colégio. Eu deveria estar me vangloriando pela mudança de cabelo, de rosto, de beleza do qual passei. Eu deveria estar relatando sobre aquela festa que eu fui e odiei. Talvez daquela declaração de amor desastrosa da qual fui alvo, ou da qual fiz. Mas, afinal, vivi algo assim? Não.
Olha, para falar a verdade, perdi completamente a linha de raciocínio. Mas como já escrevi tanto, e como queria tanto nao deixar o blog morrer, nao deixar o blog acabar, vou postar esse desabafo de qualquer forma. Provavelmente usarei a mesma postagem, quando lembrar de tudo o que faltou falar, para retomar ideias e editá-las. No mais, é isso.
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