quarta-feira, 7 de junho de 2017

Toxic.

  Prudência jovem, palavras ferem. Uma faca de dois gumes que penetra o peito de quem a segura, ou o pescoço de quem a recebe. O jorrar do sangue morno banha  o corpo do leitor, que, imerso nas próprias interpretações, se afoga ao gritar por socorro. Pare? Esclareça? Continue a escrever? Respire. Esqueça o que se leu, reinvente o que foi entendido, confesse que a insanidade distorce os sentidos. Que conselho dar a quem carrega um inferno astral nas costas? Reflita, re-leia, rejeite, reaja, refaça, reviva, restaure, resguarde, resgata e respeite. Respire. Faça o que eu não digo. Faça o que eu não penso. Siga a razão, a integridade desse coração é questionável, a credibilidade dessa emoção é podre, a estrutura desse corpo é finita, e definha. Por fim, inspire. Respire.

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